Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

Acompanhamos aqui a evolução da ofensiva militar desencadeada no final de fevereiro pela Rússia.

Mais atualizações

23h00 – Ponto de situação

  • O presidente ucraniano confirmou este domingo a morte de 60 pessoas no ataque russo a uma escola na região de Luhansk, no leste da Ucrânia, no sábado. Inicialmente apenas tinham sido confirmadas apenas duas vítimas mortais, mas temia-se que as 60 pessoas desaparecidas estivessem mortas;

  • Um comboio humanitário com mais de 170 civis retirados de Mariupol chegou este domingo à cidade de Zaporizhia, controlada pela Ucrânia, anunciou uma autoridade da ONU. Cerca de 40 dos 174 civis foram resgatados da siderúrgica Azovstal. No total, a ONU afirma que 600 pessoas foram retiradas de Mariupol nos últimos dez dias;

  • Em Azovstal, os soldados ucranianos que permanecem nas galerias subterrâneas do complexo siderúrgico garantiram hoje que não se vão render à Rússia. Há centenas, ou até milhares, de militares ucranianos cercados no complexo de Azovstal. Os que tentam furar o cerco são monitorizados por drones, tornando-se um alvo para as forças russas;

  • Os países dos G7 prometeram “banir ou eliminar gradualmente as importações de petróleo russo”. Os sete países mais industrializados do mundo estiveram reunidos este domingo por videoconferência, com a participação do presidente ucraniano. Num comunicado conjunto, o G7 acusou Putin de “envergonhar” a Rússia;

  • Este domingo ficou ainda marcado pelas visitas surpresa do primeiro-ministro do Canadá e da primeira-dama dos EUA à Ucrânia. Justin Trudeau visitou a cidade de Irpin e reuniu-se depois com Volodymyr Zelensky. Em conferência de imprensa após a reunião com o presidente ucraniano, Trudeau anunciou o envio de mais armas para a Ucrânia e a imposição de novas sanções a indivíduos e entidades russas.

22h50 – Reino Unido impõe novas sanções comerciais contra a Rússia

O governo britânico anunciou este domingo uma nova ronda de sanções comerciais contra a Rússia e a Bielorrússia pela invasão da Ucrânia, incluindo proibições de exportação da indústria russa e o aumento das tarifas sobre as importações de alguns metais, nomeadamente a platina e o paládio.

“Este significativo pacote de sanções infligirá ainda mais danos à máquina de guerra russa”, disse a ministra do Comércio Internacional, Anne-Marie Trevelyan, em comunicado.

As tarifas alfandegárias aumentarão 35 pontos percentuais, principalmente para platina e paládio – usados na indústria automóvel -, enquanto as proibições de exportação visam mercadorias destinadas aos setores industrial e de maquinaria pesada da Rússia, como plástico ou borracha.

“A Rússia é um dos principais países produtores de platina e paládio e está fortemente dependente do Reino Unido para exportar” estes produtos, sublinhou o governo britânico.

Este novo pacote de sanções abrange 1,7 mil milhões de libras em mercadorias (cerca de dois mil milhões de euros), elevando para mais de quatro mil milhões de libras o valor das mercadorias visadas pelas sanções comerciais desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia.

O Reino Unido também sancionou mais de mil pessoas e mais de 100 empresas desde 24 de fevereiro.

22h30 – Zelensky acusa a Rússia de ter “esquecido tudo o que era importante para os vencedores” de 1945

“A Rússia esqueceu tudo o que era importante para os vencedores da Segunda Guerra Mundial”, acusou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky este domingo, na véspera das comemorações na Rússia da vitória sobre a Alemanha nazi.

Numa mensagem de vídeo publicada no Telegram, Zelensky criticou “os fortes bombardeamentos” em várias regiões ucranianas, incluindo um que matou 60 pessoas numa escola no leste do país, “como se não fosse hoje 8 de maio, como se amanhã não fosse dia 9, quando a palavra-chave deveria ser paz para todas as pessoas normais”.

“O exército russo não seria ele mesmo se não matasse”, acusou Zelensky. “A Ucrânia e o mundo livre vão lembrar-se disto”, sublinhou.

Na segunda-feira, o tradicional desfile militar de 9 de maio será realizado em Moscovo, na Praça Vermelha.

22h00 – NATO avisa: Rússia prepara uma maior ofensiva e destruição massiva

A NATO avisa que a Rússia está a preparar uma ofensiva que visa mais destruição massiva na Ucrânia. A aliança diz que o país precisa de armas modernas para se defender, reforçando os pedidos que o presidente Zelensky tem feito à Europa.

Em Mariupol, as tropas ucranianas prometem lutar até à morte.

21h20 – Presidente ucraniano confirma morte de 60 pessoas em ataque russo a uma escola

Sessenta pessoas foram mortas no ataque a uma escola na região de Luhansk, no leste da Ucrânia, este sábado, confirmou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, este domingo.

“Ainda ontem, na aldeia de Bilogorivka, na região de Luhansk, uma bomba russa matou 60 civis”, disse Zelensky durante um discurso por videoconferência na cimeira do G7.

“Eles estavam a tentar encontrar refúgio no prédio de uma escola que foi alvo de um ataque aéreo russo”, afirmou. “Uma bomba atingiu a escola e 60 pessoas morreram sob os escombros”, disse também o governador da região de Lugansk, Sergey Gaidai, à emissora russa Current Time TV.

“Gostaria muito de acreditar que as pessoas ainda estão vivas”, acrescentou, especificando “que assim que os bombardeamentos terminarem, podemos começar a limpar os escombros”.

21h00 – Mais de 170 civis retirados de Mariupol chegaram a Zaporizhia

Um comboio humanitário com mais de 170 civis oriundos de Mariupol, entre os quais 40 foram retirados da siderúrgica Azovstal, chegou este domingo à cidade de Zaporizhia, controlada pela Ucrânia, anunciou uma autoridade da ONU.

Osnat Lubrani, coordenadora humanitária da ONU para a Ucrânia, disse que oito autocarros chegaram à cidade. Cerca de 40 dos 174 civis que seguiam a bordo foram resgatados da siderúrgica Azovstal.

BREAKING: After weeks of living largely underground, over 170 civilians from Azovstal and Mariupol area have arrived in Zaporizhzhia.

This is the 3rd safe passage operation we’ve coordinated with @UN.

We’re deeply relieved we could help more civilians get to a safer place. pic.twitter.com/xVDw195VLn

— ICRC (@ICRC) May 8, 2022

Lubrani afirmou em comunicado que 600 pessoas foram retiradas de Mariupol nos últimos dez dias.

“O nosso trabalho, no entanto, ainda não está concluído”, disse Lubrani em comunicado. “A ONU está ciente de que dezenas de pessoas não conseguiram juntar-se aos comboios humanitários”, sublinhou.

“Continuaremos a fazer o nosso trabalho com ambas as partes do conflito para garantir que aqueles que desejam sair tenham as garantias de o fazer com segurança e num destino da sua escolha”, acrescentou.

19h45 – Zelensky agradece apoio do G7 e pede “sanções severas” para Rússia

O Presidente ucraniano Volodymir Zelensky agradeceu hoje a “solidariedade” demonstrada pelo G7 na defesa da sua “integridade territorial” e considerou que os resultados alcançados na reunião virtual com os seus líderes vão “para além das frases gerais”.

“Todo o mundo civilizado apoia a nossa independência, a defesa da nossa integridade territorial, a segurança económica e energética”, disse o porta-voz do líder ucraniano, através da agência de notícias estatal ucraniana Ukrinform.

Segundo o porta-voz, a realização do encontro, convocado pela Alemanha, que preside atualmente ao G7, foi “uma demonstração de solidariedade plena e incondicional”.

Zelenski participou na reunião dos líderes do G7 – Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália, Canadá, Japão e Alemanha – por videoconferência, na qual as grandes potências industriais reiteraram o seu compromisso de reduzir a dependência energética da Rússia.

(agência Lusa)

19h06 – Trudeau reuniu-se com Zelensky e anunciou o envio de mais armas para a Ucrânia

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, está de visita à Ucrânia e esteve reunido este domingo com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Zelensky publicou no Telegram fotografias deste encontro e agradeceu o apoio de Trudeau.

“O facto de o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, estar com o povo ucraniano hoje significa muito para nós. Acredito que com esforços conjuntos conseguiremos superar todos os desafios”, escreveu Zelensky.

Durante a sua visita a Kiev, o primeiro-ministro canadiano anunciou o envio de novas armas e equipamentos para a Ucrânia.

Em conferência de imprensa após a reunião com o presidente Zelensky, Trudeau também anunciou que o Canadá irá impor novas sanções a indivíduos e entidades russas.

18h50 – Trudeau acusa Putin de ser responsável por crimes de guerra na Ucrânia

“Vladimir Putin é responsável por esses crimes de guerra hediondos”, disse o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, este domingo em Kiev, depois de visitar a cidade vizinha de Irpin, onde a Ucrânia acusa a Rússia de um massacre de civis.

“Está claro que Vladimir Putin é responsável por esses crimes de guerra hediondos”, disse Trudeau numa conferência de imprensa conjunta com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. “Ele terá que prestar contas”, acrescentou.

18h37 – Rússia diz ter destruído armas fornecidas pelos EUA em estação ferroviária na Ucrânia

O Ministério da Defesa da Rússia disse este domingo que os seus mísseis de alta precisão destruíram armas e equipamentos militares fornecidos às forças ucranianas pelos Estados Unidos e países ocidentais numa estação ferroviária perto da cidade de Soledar.

O ministério russo também disse que destruiu seis depósitos de mísseis e armas de artilharia nas regiões de Luhansk, Donetsk e Kharkiv, enquanto os seus meios de defesa aérea derrubaram um avião de guerra ucraniano Su-25.

18h16 – Presidente ucraniano pede armas modernas e não da era soviética

O presidente Ucraniano revela que precisa de ajuda forte e concreta para acelerar o armamento do país e que a Ucrânia precisa de armas modernas e não da era soviética.

Declarações de Zelensky no final de um encontro com o primeiro-ministro da Croácia.

18h00 – “Putin não vai ganhar esta guerra”, afirma chanceler alemão

O chanceler alemão Olaf Scholz, garantiu à Ucrânia solidariedade na sua luta contra a invasão da Rússia durante um discurso transmitido na televisão este domingo, dia em que se assinala o aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial.

“Putin não vai ganhar esta guerra. A Ucrânia vai persistir”, afirmou Scholz.

O chanceler alemão destacou que esta data ganha um significado especial este ano, uma vez que dois países que já foram vítimas da Alemanha nazi – Ucrânia e Rússia – estão agora em guerra porque a Rússia a desencadeou.

Scholz sublinhou que a Alemanha vai ajudar a Ucrânia com ajuda humanitária, financeira e militar.

17h46 – G7 acusa Putin de “envergonhar” a Rússia e o seu povo

Enquanto Vladimir Putin se prepara para comemorar a vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazi na segunda-feira, as suas ações na Ucrânia “cobrem de vergonha a Rússia e os sacrifícios históricos do seu povo”, escreveram os países do G7 num comunicado conjunto este domingo.

Durante uma reunião virtual que contou com a presença do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, os chefes de Estado e de governo da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido “reiteraram o seu compromisso de tomar mais medidas para ajudar a Ucrânia a garantir um futuro livre e democrático”, bem como “a defender-se e a repelir futuros atos de agressão”.

17h20 – EUA impõem sanções a gerentes do Gazprombank e a meios de comunicação russos

Os Estados Unidos anunciaram este domingo novas sanções à Rússia – inclusive contra três emissoras de televisão russas e 27 gerentes do Gazprombank. Os EUA anunciaram ainda a proibição de norte-americanos fornecerem serviços de contabilidade e consultoria a russos.

As novas sanções são o mais recente esforço dos Estados Unidos para aumentar a pressão sobre o presidente russo, Vladimir Putin, após a invasão à Ucrânia e foram anunciadas após o presidente Joe Biden se ter reunido virtualmente com líderes do G7 e o presidente ucraniano, VolodymyrZelensky.

“Este não é um bloqueio completo. Não estamos a congelar os ativos do Gazprombank ou a proibir quaisquer transações com o Gazprombank”, disse um alto funcionário do governo norte-americano a jornalistas. “O que estamos a salientar é que o Gazprombank não é um porto seguro e, portanto, estamos a sancionar alguns dos seus principais gerentes de negócios para criar um efeito assustador”, explicou.

Oito gerentes do Sberbank, que detém um terço dos ativos bancários da Rússia, também foram adicionados à lista de sanções dos EUA, bem como o Banco Industrial de Moscovo e as suas dez subsidiárias.

17h08 – G7 promete embargo ao petróleo russo

“Todo o G7 prometeu hoje banir ou eliminar gradualmente as importações de petróleo russo”, anunciou a Casa Branca em comunicado este domingo.

Esta decisão “vai dar um golpe na principal fonte de lucro da economia de Putin e privá-lo da receita necessária para financiar a sua guerra” contra a Ucrânia, explica o executivo norte-americano.

O comunicado da Casa Branca, no entanto, não especifica quais os compromissos assumidos por cada um dos membros do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).

O G7 realizou a sua terceira reunião do ano por videoconferência este domingo, na véspera da comemoração do Dia da Vitória, com a participação do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

16h50 – Reunião do G7 já começou

O presidente francês e os restantes líderes do G7 estão reunidos neste momento por videoconferência com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

A reunião do G7 foi marcada para hoje, véspera das celebrações do dia da vitória, na Rússia, grupo do qual fez parte até 2014, altura em que foi expulsa por ter anexado a Crimeia.

O presidente Zelensky fará um ponto da situação da guerra que começou há 74 dias.

16h15 – UE sem acordo para proibir importação de petróleo russo

Os Estados-membros da União Europeia (UE) não conseguiram chegar hoje a acordo para proibir as importações de petróleo da Rússia, devido à guerra na Ucrânia, perante a dependência energética de alguns países.

Os embaixadores dos países da UE estiveram hoje reunidos, durante aproximadamente uma hora e meia, mas não conseguiram alcançar um acordo, mantendo-se o embargo petrolífero como o principal entrave ao sexto pacote de sanções contra o Kremelin, segundo fontes diplomáticas, citadas pela agência EFE.

Em causa está, sobretudo, a dependência de alguns países face à importação de petróleo da Rússia.

Contudo, alcançaram-se “avanços muito importantes”, apesar de ainda haver trabalho a fazer para chegar a um acordo.

Em particular, Budapeste, Bratislava e Praga querem assegurar um abastecimento suficiente para quando deixarem de importar crude russo, do qual são dependentes.

Na próxima semana, a UE vai continuar com os contactos “a todos os níveis” para chegar “o mais rápido possível” a um acordo, adiantaram as mesmas fontes.

O executivo comunitário quer proibir as importações de petróleo Russo para a União Europeia por seis meses, após a entrada em vigor das sanções. No caso do petróleo refinado, a suspensão decorre durante oito meses.

(agência Lusa)

15h58 – Forças russas atiram sobre soldados ucranianos que procuram escapar de Azovstal

Há centenas, ou até milhares, de militares ucranianos cercados no complexo de Azovstal. Os que tentam furar o cerco são monitorizados por drones, tornando-se um alvo para as forças russas.

15h40 – Primeiro-ministro canadiano visita cidade de Irpin

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, fez este domingo uma visita não anunciada à cidade ucraniana de Irpin, que esteve temporariamente sob controlo das tropas russas, anunciou o autarca da cidade no Telegram.

“Acabei de ter a honra de me encontrar com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, que veio a Irpin para ver com os seus próprios olhos todo o horror que os ocupantes russos causaram à nossa cidade”, disse Oleksandr Markushyn no Telegram.

De acordo com a secretária de imprensa do Governo canadiano, Tredeau viajou para a Ucrânia para se encontrar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

“O primeiro-ministro está na Ucrânia para se encontrar com o presidente Zelensky e reafirmar o apoio inabalável do Canadá ao povo ucraniano”, disse Cecely Roy à CNN este domingo.

O horário e local do encontro ainda não foram divulgados.

15h30 – Primeira-dama dos EUA faz visita surpresa à Ucrânia

A primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, fez uma visita não anunciada à Ucrânia este domingo para mostrar apoio ao povo ucraniano no contexto da invasão da Rússia.
Jill Biden está em Uzhhorod, cidade fronteiriça no oeste do país, onde conheceu a primeira-dama ucraniana Olena Zelenska.

A primeira-dama norte-americana visitou este domingo a Eslováquia e atravessou a fronteira numa visita não anunciada para manifestar o apoio ao povo ucraniano.

“Achei importante mostrar ao povo ucraniano que esta guerra tem que parar, que esta guerra foi brutal e que o povo dos Estados Unidos está do lado do povo da Ucrânia”, disse Jill Biden.

A primeira-dama ucraniana reconheceu que foi um “ato de coragem” por parte de Jill Biden visitar a Ucrânia.

“Entendemos o que é preciso para a primeira-dama dos EUA vir aqui durante uma guerra, quando as ações militares acontecem todos os dias, onde as sirenes tocam todos os dias, até hoje”, disse Zelenska.

A primeira-dama ucraniana salientou ainda que a visita de Jill Biden, que aconteceu no Dia da Mãe, foi muito simbólica, acrescentando: “Sentimos o seu amor e apoio durante um dia tão importante”.

15h16 – Polacos inquietos perante a incerteza da estratégia bélica da Rússia

15h15 – U2 deram concerto surpresa numa estação de metro de Kiev

O vídeo foi divulgado pelas autoridades ucranianas. Nas imagens é possível ver The Edge e Bono. O vocalista da banda irlandesa disse que já tocou em muitos lugares do mundo, mas que neste momento não havia nenhum onde gostasse mais de estar do que na capital ucraniana.

15h03 – Soldados em Azovstal descartam render-se à Rússia

Os soldados ucranianos que estão há várias semanas nas galerias subterrâneas do complexo siderúrgico de Azovstal, em Mariupol, garantiram hoje que não se vão render à Rússia.

“A rendição não é uma opção porque a Rússia não está interessada na nossa vida. Eles não querem saber se ficamos vivos”, afirmou um membro do batalhão de Azovstal, Ilya Samoïlenko, em conferência de imprensa, transmitida por vídeo.

Samoïlenko notou ainda que as reservas dos soldados são limitadas, precisando que dispõem de água e munições.

“Nós somos as testemunhas dos crimes de guerra cometidos pela Rússia”, vincou o soldado.

Este sábado, a Ucrânia pediu aos Médicos Sem Fronteiras (MSF) para retirarem e tratarem soldados entrincheirados no complexo siderúrgico de Azovstal, num comunicado difundido algumas horas após o anúncio de retirada dos civis.

14h32 – Presidente alemão acusa homólogo russo de estilhaçar “era de uma Europa em paz”

O Presidente alemão, Frank Walter Steinmeier, acusou hoje o homólogo russo, Vladimir Putin, de estilhaçar “o sonho de uma era da Europa em paz” para implantar “o pesadelo” de uma “guerra brutal e ilegítima”.

“Hoje, neste 08 de maio, o sonho de uma casa europeia comum em paz foi despedaçado; em seu lugar foi imposto o pesadelo”, disse Steinmeier, num evento da Confederação dos Sindicatos Alemães (DGB, na sigla em alemão), por ocasião do 77.º aniversário da Capitulação do Terceiro Reich.

A guerra de agressão desencadeada por Putin “destrói a ordem pacífica europeia alcançada e mantida desde o final da Segunda Guerra Mundial”, acrescentou Steinmeier.

A intervenção de Steinmeier abriu as cerimónias do aniversário da derrota do nazismo pelos aliados marcados pela guerra na Ucrânia e nos quais o chanceler alemão, Olaf Scholz, dirigirá uma mensagem aos seus concidadãos à noite via televisão.

(Lusa)

13h45 – Sob ataque. Odessa vive momentos difíceis há vários dias

13h37 – Kiev permanece numa calma aparente nas vésperas de celebração russa

13h34 – Já não há civis em Azovstal

12h57 – Kiev denuncia preparativos russos para combate “iminente” na Transnístria

12h51 – Primeiro-ministro croata em visita surpresa a Kiev para mostrar solidariedade

O Primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic, encontrou-se hoje em Kiev com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa visita surpresa para mostrar solidariedade com a Ucrânia e rejeitar a agressão da Rússia.

“A visita precede o Dia da Europa e é uma expressão de solidariedade e apoio às autoridades ucranianas e ao amigável povo ucraniano, vítimas da brutal agressão russa”, disse o gabinete do Governo croata em Zagreb.

Plenkovic foi acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros croata, Gordan Grlic Radman, e tem também agendado um encontro com o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, e com o presidente do Parlamento, Ruslan Stefanchuk.

Em Kiev, Plenkovic avaliará como a Croácia, “que sabe o que significa ser alvo de agressão militar”, pode continuar a oferecer melhor ajuda política, diplomática, financeira e humanitária à Ucrânia.

De acordo com o comunicado do Governo croata, Plenkovic também discutirá com os seus anfitriões a assistência no alojamento dos refugiados ucranianos e a continuação do caminho europeu da Ucrânia.

Por ocasião desta visita, foi reaberta a embaixada croata em Kiev, que se encontrava temporariamente em Lviv.

(agência Lusa)

11h50 – Ponto de situação a esta hora

  • Teme-se que até 60 pessoas tenham sido mortas no bombardeamento russo de uma escola de aldeia na região ucraniana de Luhansk, de acordo com o governador regional. Dois mortos estão já confirmados.
  • O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que mais de 300 civis foram até ao momento resgatados do complexo da Azovstal, em Mariupol. Zelensky fez saber que as autoridades se concentrarão agora em tentar fazer sair os feridos e os médicos.
  • Dia da Vitória. Num discurso emotivo quando a Europa comemora a rendição formal da Alemanha aos Aliados na Segunda Guerra Mundial, o Presidente Zelensky diz que o mal regressou à Ucrânia.
  • Os líderes do G7 vão fazer uma ligação por videoconferência com Zelenskiy para mostrar o apoio à Ucrânia nas vésperas do dia em que a Rússia vai marcar o seu Dia da Vitória, de acordo com indicação da Casa Branca.
  • A Grã-Bretanha comprometeu-se a fornecer mais 1,5 mil milhões de dólares, o dobro dos seus compromissos de despesas anteriores e o que disse ser a maior taxa de gastos em conflito desde as guerras no Iraque e no Afeganistão.
  • “Ele encontra-se num estado de espírito em que não acredita que pode perder”, disse o diretor da CIA, William Burns, referindo-se ao Presidente russo, Vladimir Putin.

11h31 – Escola bombardeada. Duas pessoas morreram e 60 podem estar entre os escombros

Duas pessoas morreram e 60 podem estar entre os escombros de uma escola em Bilohorivka, na região de Luhansk. A informação é avançada pelo governador da região de Luhansk. A escola abrigava 90 pessoas e apenas 30 foram resgatadas até ao momento.

O governador diz que não acredita que haja sobreviventes debaixo dos escombros.

11h05 – Rússia destrói quatro aviões e quatro helicópteros ucranianos na ilha Zmiinyi

As forças armadas da Rússia destruíram quatro aviões, quatro helicópteros, três `drones` e uma aeronave de aterragem ucraniana nas últimas 24 horas perto da ilha Zmiinyi (Snake) no Mar Negro, disse hoje o Ministério da Defesa russo.

“No decurso da noite, sobre a ilha Zmiinyi, os meios de defesa aérea russos abateram mais dois bombardeiros Su-25 e um helicóptero Mi-24 da Força Aérea Ucraniana, bem como um `drone` Bayraktar-TB2 nas proximidades da cidade de Odessa”, disse o porta-voz do Exército russo, Igor Konashenkov.

O comando militar russo acrescentou que durante o último dia “quatro aviões ucranianos, quatro helicópteros, incluindo três helicópteros de aterragem com tropas a bordo, três aviões Bayraktar-TB2 e uma aeronave de aterragem foram abatidos nesta zona”.

O Ministério da Defesa russo deu a entender que as forças ucranianas tentaram efetuar uma aterragem falhada na pequena ilha na tarde de sábado e no início da manhã de hoje.

Vários meios de comunicação russos sugeriram que o ataque ucraniano foi uma tentativa de estragar as celebrações do Dia da Vitória sobre a Alemanha Nazi, talvez a mais importante celebração oficial na Rússia.

O ilhéu, a 143 quilómetros da cidade portuária, foi tomado pela Marinha russa em 24 de fevereiro, no mesmo dia em que a Rússia lançou a sua denominada “operação militar especial” na Ucrânia.

Konashenkov também relatou ataques aéreos russos noutras partes do país, observando que a Força Aeroespacial destruiu o comando de uma brigada motorizada na região de Kharkiv e um centro de comunicações no aeródromo militar de Chernovoglinskoye, na cidade de Artsyz, perto da Moldávia.

Além disso, a Força Aeroespacial afundou uma corveta de classe Tarantul ucraniana nas proximidades de Odessa, de acordo com a classificação da Nato.

A aviação tática e de assalto também atacou 130 alvos militares ucranianos, incluindo três postos de comando, duas baterias de artilharia, dois arsenais e 123 posições fortificadas.

Segundo Konashenkov, 420 militares ucranianos morreram em resultado destes ataques, e 55 peças de equipamento de combate foram destruídas.

A artilharia russa atacou 56 postos de comando, 32 baterias de artilharia, 415 postos fortificados e dois sistemas de mísseis antiaéreos S-300 perto da cidade de Korotich, na região de Kharkiv.

(agência Lusa)

10h12 – Noite de sobressalto em Odessa e Mykolaiv

Foi uma noite de sobressalto em Odessa e Mykolaiv, com as sirenes a tocar. Um míssil e um rocket foram intercetados. A população das duas cidades está apreensiva na véspera da Rússia assinalar o Dia da Vitória.

9h43 – Gazprom continua a exportar gás para a Europa

A empresa russa Gazprom afirma que continua a fornecer gás natural à Europa através da Ucrânia.

9h27 – Dia da Vitória na Rússia pode ser início da mobilização total

As comemorações do Dia da Vitória, que a Rússia assinala a 09 de maio, poderão marcar o início da mobilização total de russos para irem combater na Ucrânia, disse à Lusa a cientista política ucraniana Nataliia Kasianenko.

“Poderá ser o anúncio da mobilização obrigatória para a guerra na Ucrânia”, afirmou a especialista, professora do departamento de Ciência Política na Universidade Estadual da Califórnia em Fresno.

A ocasião, afirmou, poderá também servir para o “​​​​​​​Kremlin mudar a sua narrativa, afastando-se da descrição atual de operação militar especial e falando abertamente de guerra”.

O Dia da Vitória marca o triunfo dos soviéticos sobre a Alemanha nazi, em 1945, e no contexto da atual invasão da Ucrânia é esperado um “grande anúncio” por parte do presidente Vladimir Putin.

“O Kremlin vai falar de desnazificar ainda mais a Ucrânia e fazer este esforço final, sendo necessária a mobilização total da população para terminar o que a Rússia começou a 24 de fevereiro e aniquilar o que chama de fascismo ou nazismo na Ucrânia”, explicou Nataliia Kasianenko.

A cientista política é natural de Carcóvia (Kharkiv), no leste da Ucrânia e a 40 km da fronteira, onde “ninguém acreditava nos relatos vindos do Ocidente que sugeriam que a Rússia ia começar esta guerra”. A maioria dos habitantes na região fala russo e mantém ligações familiares extensas na Rússia, como é o caso da família de Kasianenko.

“Diziam que nunca atacariam civis, muito menos falantes de russo e membros da igreja ortodoxa russa”, recordou.

(Lusa)

9h00 – Ucrânia afirma que drone destruiu navio russo

O Ministério da Defesa ucraniano revelou na rede social Twitter que um dos seus drones afundou um segundo navio russo no Mar Negro.

Ukrainian Bayraktar TB2 destroyed another Russian ship. This time the landing craft of the “Serna” project. The traditional parade of the russian Black Sea fleet on May 9 this year will be held near Snake Island – at the bottom of the sea. pic.twitter.com/WYEPywmAwX

— Defence of Ukraine (@DefenceU) May 7, 2022

8h37 – Zelensky afirma que é necessário derrotar o mal de uma vez por todas

Na mensagem diária, ao país e ao mundo, o presidente da Ucrânia lembrou a data de 9 de maio para alertar que “é impossível derrotar o mal de uma vez por todas”.

8h14 – Não existem “provas concretas” que Rússia pretende utilizar armas nucleares táticas

O Presidente russo, Vladimir Putin, está determinado em prosseguir a guerra na Ucrânia mas não existem indicações de que a Rússia se prepara para utilizar armas nucleares táticas no conflito, disse hoje o diretor da CIA, William Burns.

O Presidente Putin “está num tal estado de espírito que não pensa que pode permitir-se perder”, declarou Burns no decurso de uma conferência organizada pelo jornal Financial Times, em Washington, acrescentando que o líder do Kremlin “está convencido que o redobrar dos esforços lhe permitirá progredir” no terreno.

A resistência dos ucranianos não o terá ainda desencorajado “porque está totalmente concentrado nas escolhas que fez para desencadear a invasão”, prosseguiu o diretor da agência de informações dos EUA.

No entanto, a CIA não detetou até ao momento “qualquer prova concreta que demonstre que a Rússia prepara a deslocação ou mesmo a utilização potencial de armas nucleares táticas”, segundo indicou.

“Atendendo às declarações (…) que escutámos por parte dos dirigentes russos, não podemos minimizar essas possibilidades”, acrescentou, precisando que a sua agência permanece “muito concentrada” nesta questão.

Ponto da situação

  • Duas pessoas morreram e sessenta podem estar entre os escombros de uma escola em Bilohorivka, na região de Lugansk na Ucrânia. O edifício foi alvo de bombardeamentos russos. A informação é do governador da região.  A escola era abrigo de cerca de noventa pessoas, apenas trinta foram resgatadas até ao momento.

  • Em Mariupol continuam os esforços para retirar as pessoas que permanecem no complexo industrial de Azovstal. No local estão feridos, médicos e soldados. O presidente ucraniano disse que mais de 300 civis foram resgatados.

  • Repete-se o aviso desta vez pela voz do Estado-Maior da Ucrânia que reafirma que a ofensiva russa no leste do país visa estabelecer o controle total sobre as regiões de Donetsk e Lugansk e manter o corredor terrestre entre esses territórios e a Crimeia.

  • Hoje os líderes do G7 têm marcada uma videochamada Volodymir Zelenskiyin. Trata-se de uma demonstração de unidade na véspera da Rússia marcar o feriado da vitória, a 9 de Maio, anunciou a Casa Branca.

  • A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, anunciou este sábado que todas as mulheres, crianças e idosos foram retirados da fábrica Azovstal, onde permanece o último reduto da resistência ucraniana de Mariupol. Instantes depois, o Ministério russo da Defesa também anunciou a conclusão da operação de retirada de civis da siderúrgica. No total, o presidente ucraniano diz que foram retiradas 300 pessoas do complexo;

  • A cidade de Odessa foi alvo de fortes bombardeamentos este sábado. A cidade costeira, situada às margens do Mar Negro, foi atingida por seis mísseis e quatro rockets. Quatro mísseis foram intercetados pelas baterias anti-aéreas. O alvo foi um hangar onde eram reparadas aeronaves. Não houve feridos nem mortos a registar;

  • Mísseis russos também atingiram dois municípios próximos da fronteira com a Rússia na região de Sumy, no norte da Ucrânia. Segundo o governador local, um guarda de fronteira ficou ferido em consequência dos ataques;

  • A Ucrânia está em alerta perante a ameaça de fortes bombardeamentos a partir de hoje O Conselho Nacional de Defesa e Segurança da Ucrânia emitiu um alerta dando nota de que a partir de dia 8 podem ocorrer bombardeamentos massivos não apenas no Donbass e no sul do país, mas praticamente em toda a Ucrânia, em antecipação ao “dia da Vitória”, comemorado na segunda-feira. Teme-se ainda que hoje possa ocorrer um bombardeamento massivo na fábrica de Azovstal, de forma a que a cidade caia em definitivo nas mãos das tropas russa;

  • Face a esta ameaça, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu à população para estar alerta e várias cidades decretaram recolher obrigatório. Por sua vez, Moscovo continua a preparar o desfile de 9 de maio. Os ensaios finais foram realizados este sábado. Na segunda-feira, dia em que se assinala a vitória sobre a Alemanha nazi, espera-se que Vladimir Putin faça um balanço da campanha ucraniana, para já sem os resultados pretendidos.